Sheldon Zabulon, 20 anos e aluno do 9º semestre de Engenharia de Automação e Controle, é um dos capitães da Equipe FEI Baja ao lado do aluno de Engenharia Mecânica, Enzio Simão. O Baja é exclusivo para alunos da graduação e ensina na prática o projeto, construção, montagem e manutenção de um veículo off-road chamado Baja SAE. Há três anos e meio na equipe, Sheldon apresenta o dia a dia da Equipe Baja, atual campeã Mundial, e conta mais sobre o projeto. Confira:
Quando surgiu seu interesse pela equipe BAJA?
Assim que iniciei meu segundo semestre da faculdade senti a necessidade de fazer alguma atividade extra sala e foi quando ouvi falar do projeto Baja. Assisti uma palestra, acabei ficando muito interessado pelas conquistas, pelas competições, o trabalho em equipe e decidi fazer o processo seletivo.
Como é o processo seletivo do BAJA?
Inicialmente nós fazemos uma palestra para apresentar o projeto, explicar o funcionamento e história da equipe, as competições, etc. Depois, aplicamos uma prova sobre o regulamento da competição do Baja e os aprovados iniciam na oficina do projeto que é onde ocorre o primeiro contato com carro. Na oficina eles conhecem sua montagem, as fases de construção, aprendem o uso de ferramentas da oficina e são apresentados a todos os subsistemas do carro.
Porque vocês nomeiam dois capitães e não apenas um?
Dentro da FEI a equipe é apenas uma, mas durante as competições competimos com dois carros, por isso precisamos de dois capitães o que acaba ajudando no dia a dia da equipe, pois as responsabilidades não ficam na mão de apenas uma pessoa.
Como funciona o trabalho em equipe?
Temos a divisão de tarefas e responsabilidades, cada um responsável pelo seu subsistema, mas o trabalho em equipe é mais que isso, é o compartilhamento do conhecimento e integração dos membros do BAJA. Estamos todos sempre focados no mesmo objetivo e em fazer o nosso melhor. Desde 2013, tem uma frase do Pe. Saboia de Medeiros que nos motiva bastante quando estamos trabalhando no projeto: “quod deest me torquet” que no português significa “o que falta me atormenta”.
Qual o papel do professor orientador no projeto?
O professor Roberto Bortolucci tem uma grande experiência com o projeto Baja e sempre nos ajuda nos momentos críticos e na solução de problemas, nos orienta em relação às decisões e tem um papel administrativo no intermédio entre a equipe e a faculdade.
Como foi participar das competições e ser campeão mundial em 2014?
Cada competição é importante para nós. Durante o ano nos esforçamos muito e dedicamos muito do nosso tempo para o projeto, então ver os resultados é muito satisfatório e nos motiva a continuar melhorando e inovando. Sem dúvida, a conquista do campeonato mundial foi a principal delas e não dá para descrever a emoção que sentimos.
Qual o papel da FEI nesse resultado?
A FEI sempre nos apoia, seja com a infraestrutura, com a ajuda dos funcionários, ou quando estamos com prazos apertados. Este apoio foi de muita importância para as conquistas da equipe.
O que você aprende no BAJA que é diferente da sala de aula?
Dentro da sala de aula temos a teoria, mas no projeto temos a oportunidade de ir além e aplicar essa teoria na prática, conhecer as ferramentas da engenharia de forma mais aprofundada. Sem falar no desenvolvimento pessoal, as experiências adquiridas nas competições, a oportunidade de solucionar problemas todos os dias e de vivenciar o trabalho em equipe.
O que você diria para os alunos que tem interesse em participar da equipe?
O projeto influenciou bastante na minha formação acadêmica e é uma experiência que eu não trocaria por nada. Então eu recomendo a fazer parte da equipe e os convido a passar em nossa oficina para conhecer melhor o BAJA.